terça-feira, 29 de junho de 2010

Presença

Alegro-me quando está perto de mim
Sua presença me trás conforto...
Entristeço-me quando está perto de mim
Não tocá-la me deixa desolado...
Alegro-me quando está longe de mim
Minha razão volta ao normal...
Entristeço-me quando está longe de mim
Não tenho mais você...

Guardo em mim apenas as alegrias!

domingo, 27 de junho de 2010

Ascensão

Olho em sua direção e não está mais lá.
Tento desesperadamente encontrar.
Ficou apenas uma sombra do que foi.

Minha vida vai esvaindo dentro de si mesma.
Não há nada que me fascine mais no mundo.
Preso dentro das ilusões que eu mesmo criei.

A esperança já abandonou esse lugar.
O vazio me rodeia completamente.
Os demônios vêm saudar minha caminhada.

Uma luz bruxuleante surge no horizonte.
Feixes tímidos percorrem meu limbo particular.
Seu brilho começa a desafiar as trevas.

A claridade radiante afasta as sombras.
A paz extrai a angústia que existia em mim.
Penetra em meu ser e ascendo ao paraíso...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Resplendor

Esse sentimento não pode ser verdadeiro.
Os demônios ainda me rodeiam com sussurros.
Malditos tentam desesperadamente me enganar.
Entretanto eu vejo com mais clareza agora.

Sigo o brilho cálido do amanhecer.
Aquela luz me faz tão bem agora.
Percebo que todo o mal que causei.
Foram apenas erros e nada mais.

O resplendor me preenche totalmente.
Sinto todo o amor que dedicaram a mim.
O amor que tenho dedicado a tantos.
Lágrimas de fascínio percorrem minha face.

Êxtase perturba meus sentidos.
Fecho os olhos e continuo meu caminho.
Não enxergo mais dessa forma mundana.
Vejo apenas com meu coração.

A claridade radiante afasta as sombras.
A paz extrai a angústia que existia em mim.
Penetra em meu ser e ascendo ao paraíso.
A glória me acalma para sempre...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Alvorecer

Estou em um lugar totalmente desconhecido agora.
Um tom sombrio percorre até onde minha vista alcança.
Sinto minha tristeza sendo deixada para trás.
Entretanto o medo percorre toda a minha espinha.
Caminho para onde meus pés querem me levar.


Há algo de estranho no campo onde piso.
Parece se mover de forma desordenada.
Braços e cabeças saem do chão.
Escuto sussurros de lamento e dor.
Prantos de uma demanda muito longa.

São as vozes do passado que me atormentam.
Aqueles que me fizeram sofrer por toda vida.
Aqueles que eu magoei de forma tão mesquinha.
Faço as pazes comigo mesmo em busca de descanso.
Faço as pazes com as almas que me rodeiam.

Um brilho bruxuleante surge no horizonte.
Feixes tímidos percorrem meu limbo particular.
Seu brilho começa a desafiar as trevas.
Um tom cinza percorre até onde minha vista alcança.
Algo estranho preenche meu coração agora.

Como uma mariposa eu sigo a luz radiante.
Tento buscá-la para purificar a mim mesmo.
Vacilo, pois acredito que nada disso é real.
Não posso acreditar que algo bom possa acontecer.
Nada de bom nunca aconteceu comigo...

terça-feira, 22 de junho de 2010

Trevas

Durmo em meio ao vazio fumegante das trevas.
Pesadelos que minha mente nunca imaginaria.
Chamas negras que queimam pelo frio.
Um lugar onde já estive várias vezes.

Enfim o destino se revela novamente.
Olho e vejo os atores dessa fúnebre novela.
Entendo exatamente o que querem de mim.
Continuo a caminhar sem olhar para trás.

A esperança já abandonou esse lugar.
O vazio me rodeia completamente.
Os demônios vêm saudar minha caminhada.
Tentam me conquistar por dentro.

O réquiem embala os meus sentidos.
Tenho vontade de ficar para nunca sair.
As sombras parecem que me completam.
O conforto do nada sempre protege.

Por algum motivo eu continuo a andar.
Cada vez mais para dentro eu caminho.
As desilusões me machucam ainda mais.
Não vejo a luz me guiando...

sábado, 19 de junho de 2010

Escuridão

Faz muito tempo que não há mais nada para mim.
Olho em volta e tudo começa a se desmanchar.
Nada mais importa se é que algum dia importou.
As ironias do destino me prendem como grilhões.
Ninguém mais sentirá minha falta...

Minha vida vai esvaindo dentro de si mesma.
Não há nada que me fascine mais no mundo.
Preso dentro das ilusões que eu mesmo criei.
Aquele brilho de antes não voltará mais.
Ninguém mais sentirá minha falta...

Tento descobrir como isso pode chegar onde está.
Busco a resposta sabendo que não quero encontrá-la.
Sobrevivendo em um abismo totalmente particular.
Perdido dentro das profundezas da minha alma.
Ninguém mais sentirá minha falta...

Conhecia todos e agora não desconheço quem sou.
Tento achar em vão as distantes lembranças felizes.
Agora minha mente não está mais tão clara.
Estou totalmente enamorado por minha tristeza.
Ninguém mais sentirá minha falta...

Há um silêncio ensurdecedor me incomodando.
A escuridão tomou conta de tudo que vejo.
O vazio que ficou é a única coisa que me conforta.
As trevas crescem me libertando de mim mesmo.
Ninguém mais sentirá minha falta...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sombra

Olho em sua direção e não está mais lá.
Tento desesperadamente encontrar.
Ficou apenas uma sombra do que foi.

Como isso pode ser possível?
Algo tão intenso poderia não existir mais?
Será que irei compreender um dia?

Imagino que tenha ido para um lugar melhor,
Mas apenas às vezes isso me conforta,
Pois é melhor que acreditar que apenas não exista mais.

Não pode ter apenas desaparecido!
Deve existir ainda!
Tem que existir ainda!

Está na minha mente e no meu coração.
Faz parte da minha alma e do meu corpo.
Ainda está viva bem dentro de mim...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Flor de Lótus


O rio levava suavemente as pétalas brancas de cerejeira enquanto provocava um ruído baixo que acalmava os dois. Mestre e Aluno. Ambos contemplavam a beleza da natureza e o espetáculo que os Deuses lhes proporcionavam aquele dia.
Entretanto era outra flor alva que chamou a atenção do discípulo. Perto da beirada do rio estava uma, apenas uma, Flor de Lótus. Era lindo ver as flores caídas da árvore tocá-la delicadamente.
O espadachim respirou fundo. Fechou os olhos e tentou se harmonizar mais uma vez com o universo à sua volta. Meditou. Descobriu que não conseguia manter a mente vazia, como deveria, pois vinha sempre a imagem da Flor de Lótus.
Abriu os olhos.
- Mestre?
- Sim?
- Não consigo meditar!
- Por quê?
- Não me sai da mente aquela Flor de Lótus...
O aluno apontou para a flor e o mestre olhou admirado que tal beleza tinha sido percebida por seu jovem samurai e não por ele mesmo!
- Uma Flor de Lótus! – exclamou o velho mestre. – Sabia que esta planta é considerada sagrada na Índia?
- Não!
- Claro que não sabia! Não é mesmo?
O discípulo abaixou o rosto envergonhado. Era bom com a espada. Considerado o melhor de todo Japão. No entanto, faltava-lhe a cultura que era exigida dos outros samurais, pois tinha se dedicado muito ao caminho da espada.
- Não se preocupe! – tranqüilizou o mestre. – Vou lhe contar a história.
O velho se sentou, com as pernas cruzadas, em frente ao jovem. Era uma postura estranha, pois a forma respeitosa de um samurai se sentar era sobre os joelhos. O espadachim titubeou, mas fez o mesmo.
- Essa flor, meu jovem, está ligada ao grande Buda. Existe uma base para se sentar, esta que estamos usando, que é chamada pelos indianos de postura da Flor de Lótus. Foi assim que Buda atingiu seu estado mais elevado e chamamos esta forma aqui de Seiza no Kamae. Mas desconfio que esta base seja anterior ao budismo.
O aluno tentou manter a posição, mas percebeu o quanto era difícil. Perseverante, continuou firme tentando imitar seu mestre que voltou a falar:
- A mística sobre essa planta está na forma que ela cresce. Veja! – o velho apontou para a planta – A Flor de Lótus nasce na beirada do rio, em meio a toda lama. Mesmo assim ela desabrocha, sobre a água, ainda branca e límpida!
- Impressionante! – surpreendeu-se o discípulo. – Como se a sujeira que tem em sua volta não maculasse suas pétalas!
- Exatamente! – animou-se o mestre. – Exatamente! Mesmo que todo o mal nos cerque, que todas as impurezas nos rodeiem, devemos ser como a Flor de Lótus! Devemos sempre nos manter puros!
- Sim, eu entendo!
- Este é o caminho da espada! O caminho da perfeição! O caminho do guerreiro!
- Bushido!
- Correto! Diminua, reflita e aprenda!
Ambos se levantaram em silêncio. Estavam cansados. O aluno imaginava que as lições tinham acabado naquele dia, mas o mestre sabia que sempre existiam mais a aprender. Caminharam calmamente para a ponte a fim de voltar à vila.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Discurso de Alamor

Eis que observo o campo de batalha e reconheço os meus
Amazonas e cavaleiros forjados pela guerra e pela honra
Ligados entre si por um Voto e pela Medina
Honrando a antiga promessa pela espada e pelo escudo
Protegendo aqueles que o servem e os que oram por vós.

Olho mais adiante e me deparo com hostes escuras
Vêm com sua vontade de ferro e lâminas cruéis
Unidos por um código de medo e submissão
Transformando o acordo ancestral em um pacto
Eles querem furtar nossa esperança trazendo a desolação.

Entretanto não devem temer essa hedionda tempestade
Mesmo que quebrem todos os seus escudos de aço
Mesmo que abalem suas coragens lendárias
Mesmo que tragam as mais terríveis bestas do abismo
A fé em nossos Deuses nos tornará implacáveis.

Bardos e heraldos declamaram nossos feitos desse dia
Muitos dirão que lutamos pela nossa própria vida
No entanto, este não é um embate por nós mesmos
Lutamos por aqueles que foram privados de suas casas
Levaremos o conforto para aqueles que tanto sofreram.

Somos o arauto do glorioso resplendor
Nossas flâmulas trazem a luz do amanhecer
Se entes amados foram ceifados por forças escuras
Retribuiremos com a força e velocidade do vento leste
Cavalgaremos para o fim de todas as coisas.

sábado, 12 de junho de 2010

Eu te Amo

“Quem pagará o enterro e as flores
Se eu me morrer de amores?”
Vinicius de Morais

Vitória olhava para as pétalas alvas dos lírios do campo e apenas sentia mais tristeza. Não era uma mulher melancólica, mas os golpes que o destino tinha desferido contra ela nos últimos anos eram inexoráveis. Há pouco tempo ela tinha perdido a avó e a mãe juntas e agora a morte tinha também levado seu amado pai.
Amado pai! Fazia algum tempo que ela não o chamava assim. Ela o culpava pelas mortes da mãe e avó, pois ambas morreram pelos ideais de seu pai. Ele era um político. Um da pior espécie, um político honesto. Infelizmente era assim em um país onde a corrupção reinara e devido à honradez dele, devido à sua ética inabalável, inocentes foram mortos. A mãe e avó de Vitória foram mortas...
Entretanto tudo mudara agora. Ela lia a lápide em sua frente. Fernando Roberto Vilela e não mais tinha raiva desse nome. Seu pai estava morto agora e nem enterrá-lo ela podia, pois nem imaginava onde estava seu corpo. Sabia apenas que estava morto e resolveu homenageá-lo de alguma forma no jardim em frente à sua casa.
Queria tê-lo visto pela última vez. Queria dizer que o amava ainda e que suas dores eram iguais, pois ambos perderam suas mães juntos. Queria ter dito que não era culpa dele, mas ela não podia fazer isso mais. Era horrível a sensação de amar alguém e não poder se expressar. Não poder dizer que o amava e tendo esse sentimento apenas para si. Ela queria gritar! Gritar tão alto para que ele ouvisse aonde quer que estivesse naquele momento. Aquilo a sufocava, mas nada fez além de olhar para a fria lápide de mármore escura. Era dolorido não poder dizer eu te amo!
Sabia que poucas pessoas iriam vir prestar essa última homenagem, mas estavam apenas ela e uma ex-aluna de seu pai. A mesma mulher que trouxe a fatídica notícia de sua morte. Ela estava com Roberto momentos antes desta. Como Vitória invejava aquela jovem francesa!
Eleanor LeBeau tinha vindo ao Brasil para realizar um trabalho com Roberto, ambos eram arqueólogos, mas tudo tinha dado errado e o velho homem havia sacrificado a própria vida pela jovem. A francesa sentia certa culpa por isso. Sentia que tinha privado Vitória de seu amado pai, mas não imaginava que a dor que a filha sentia era bem maior que isso.
Lágrimas percorriam a face de Vitória enquanto ela olhava para o chapéu fedora que Eleanor estava carregando. Sabia que era de seu pai e não entendia o porquê de aquilo estar com a francesa. Viu quando a mulher partiu colocando o chapéu na cabeça e percebeu que aquilo significava muito para ela, para ambas.
Vitória voltou a olhar para a lápide e mais uma vez leu o nome de seu pai. Ficou ali por um bom tempo. Ajoelhou-se em meio ao jardim de lírios do campo. Fechou os olhos e sentiu uma necessidade de pedir desculpas, mas não o fez. Ela disse apenas, em uma voz tão suave que não era mais que um sussurro, eu te amo...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Ao Inimigo

Observo mais uma vez a tenebrosa tempestade
Vejo-me novamente bem no olho do furacão
Os demônios ainda dançam em minha volta.

Agora não temo mais a escuridão e o silêncio
Suas injurias não abalam minha vontade
Sou inabalável como as fundações da Terra.

E agradeço tudo isso ao inimigo e suas hostes
A todos que se colocaram diante de mim
Aos obstáculos que atravancaram meu caminho.

Se não fosse por tudo isso eu não seria quem sou
Não teria toda a força que tenho agora
Forjado em meio a um mar de desilusões.

Posso caminhar calmamente em meio à tormenta
Sorrio ao reconhecer meu inimigo pessoal
Travarei somente o bom combate!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O Beco do Crime


Era uma noite de estréia e, como toda noite assim, a cidade estava em uma balbúrdia. Todos queriam ver o filme mais esperado do ano, Zorro! Os cinemas naquele tempo uniam os mais variados cidadãos. Não importava se você era pobre ou rico, qualquer criança adorava o Zorro. De fato, qualquer um adoraria um homem mascarado, vestido de preto e que combate a injustiça. Mas aquela não seria uma noite qualquer...
Estavam saindo do cinema aquela noite vários casais com seus filhos, mas um casal em especial, Thomas e Martha Wayne. Os Wayne eram donos de um dos maiores patrimônios dos Estados Unidos. Embora dono de várias empresas, Thomas Wayne era médico e não cuidava pessoalmente de suas empresas. Tinha apenas um único filho, Bruce, que herdaria todo o seu patrimônio.
Eles passeavam distraídos com a empolgação de seu único filho, Bruce, pelo filme. Que pulava, corria e se movia como o Zorro, brincando pela rua.
- Você não pode me pegar Sargento Garcia! – gritava o menino imitando o herói.
Os pais riram. Era seu único filho e assim todas suas atenções iriam para ele. Um bom garoto, julgava o pai. Tinha poucos, mas bons amigos e a fortuna da família não tinha sido nociva para sua criação. Não era um garoto mimado ou arrogante, apenas feliz.
Distraídos, os Wayne mal percebiam que estavam passando pelo perigoso bairro de Bowery, um local que, embora já tinha sido a antiga morada do fundador da cidade, o Capitão sueco Jon Logerquist, hoje era um dos mais perigosos bairros de Gotham.
Entraram em um beco e não viram quando um homem se aproximou deles. Alguém, que não parecia mais que um mendigo. Sujo e mal vestido era a representação da pobreza e decadência que aquela cidade estava passando. O homem apontou uma arma para eles que não faziam idéia de onde tinham se metido. O assaltante, tremendo e vacilante, falou.
- Sua carteira e suas jóias.
- Calma – disse o Thomas – Tudo vai ficar bem, tenha calma!
Tirando, bem lentamente, a carteira do bolso ele a entregou ao bandido, que pegou e guardou, mas ainda apontando a arma para Martha, voltou a falar.
- Agora eu quero as jóias dela.
- Não! Esse colar está na família há muito tempo!
- Ótimo, quer dizer que são caras! Quero agora!
- Por favor, você não entende...
O pai foi à frente do assaltante para impedi-lo de pegar as jóias da esposa. Acreditando que Thomas estava tentando reagir, o bandido atirou e atingiu-o no peito. Martha gritou, apavorada pelo que acontecera e o marginal atirou nela duas vezes arrancando o colar de seu pescoço que arrebentou a caiu no chão.
Assustado o bandido correu e fugiu deixando para trás o menino que estava ajoelhado em frente aos corpos já sem vida de seus pais. Sozinho naquele escuro beco, sem entender o que aconteceu, sem poder fazer nada. Havia apenas o silêncio...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Aparência...

Embora exista até um comercial dizendo que a imagem não é nada, aprendi na publicidade que as aparências podem influenciar muito!
Alguns vão querer negar, mas a primeira impressão pode marcar o conceito que as pessoas têm sobre um individuo, pois muitas vezes quem você é realmente não importa. Vivemos fazendo projeções das pessoas e esperamos que elas agissem de acordo com o que imaginamos. Esquecemos que cada indivíduo é único e que não compreendemos completamente as pessoas e quase sempre julgamos errados aqueles que nos cercam.
Tenho um grande amigo que exemplifica tão bem o que estou escrevendo que ele me faz refletir muito sobre esse assunto.
A primeira vista pode-se achar que meu amigo é um playboy típico. Vai à academia quase todos os dias, se veste bem, tem carro e sempre está azarando alguma garota nas festas. Um legítimo Don Juan, ou alguns ainda o chamaria de galinha, mas será que ele é assim mesmo?
Eu mesmo tinha essa imagem e pouco conversava com ele, embora o destino tenha sempre nos juntado, seja como vizinho de república, seja morando na mesma pensão. Isso fez com que eu o entendesse cada vez mais e percebi que ele era bem diferente do que todos, até eu, pensavam.
A primeira coisa que se percebe nele, e não se esperava, é a amizade. Grande companheiro que não o abandona nas festas para pegar aquelas garotas e parceiro nas melhores e piores horas. Sempre preocupado com todos em sua volta e sempre buscando apaziguar brigas para manter um ambiente agradável. Possui a mente aberta e está sempre pronto para conversar. Sabe levar as críticas muito bem e sabe quando deve criticar também.
Não liga tanto para as aparências, ao contrário do que possa parecer.
Muitos podem achá-lo superficial, mas é dotado de uma inteligência impar e capacidade incrível de compreender as pessoas, sempre vendo o outro lado da história.
Há pessoas, em nosso convívio, que ainda julgam mal meu amigo, mas ele é uma das pessoas de melhor caráter que eu tive o privilégio de conhecer.
Como sempre as pessoas são mais profundas que imaginamos e nem sempre elas agem da forma que esperamos. Devemos entender que as pessoas não são boas ou más, todas elas têm qualidades e defeitos e devemos aceitar e amar ambos, pois é isso que nos torna fiéis amigos.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Restauração

Ele olhou para a mesa que estava sentado e alisou mais uma vez o chapéu sentindo seu corpo revigorar-se de uma longa e inexorável demanda. Como se sua antiga força e vontade voltassem, algo que julgava estar esquecido, mas ainda era capaz de se lembrar. Respirou fundo e colocou o chapéu...

sábado, 5 de junho de 2010

Minha Honra é minha Vida

E apenas no silêncio da sua alma ele escuta a batida da solidão.
Um segundo coração, lento, que pulsa no ritmo das saudades.
Suas lembranças remetem a uma busca estóica e vazia.

O limiar de sua trajetória é envolto por brumas.
Destituído se seu passado cheio de glórias.
Um futuro construído sem esperanças.

Guiado por um voto que preserva dentro de si.
Ele não o segue, mas o personifica.
Um código de honra e de vida...

Adaptado dos contos de Dan Mishkin

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Constatação!

Você adquiriu a incrível habilidade de perceber o óbvio!